Foto retirada do blog
O paulistano Wallace Leandro de Souza pode afirmar, sem medo de errar, que vive o melhor momento da carreira. Oposto do Cruzeiro e da Seleção Brasileira de Vôlei, Wallace conquistou, nos últimos cinco meses, a Superliga, o Campeonato Sul-Americano, a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres e, no último sábado, o campeonato mineiro. Além das vitórias coletivas, ele foi eleito o melhor atacante da Superliga e também do Sul-Americano, disputado no início do mês, no Chile.
O troféu do campeonato continental era inédito para o Cruzeiro e foi muito comemorado pelos jogadores. A campanha foi invicta. O time perdeu apenas um set, na final, quando bateu o argentino UPCN, por 3 sets a 1, parciais de 19/25, 25/18, 25/17 e 28/26. Para Wallace, o Sul-Americano foi uma experiência incrível. Segundo o oposto, além da dificuldade de enfrentar os argentinos, o que marcou foi ver a importância do torneio para países emergentes no mundo do vôlei.
- A competição teve times chatos de jogar, como o da Argentina, o mais difícil, mas a gente já sabia disso. Na fase classificatória, ganhamos deles de forma tranquila, mas na final não tem favorito. Foi um jogo difícil, perdemos o primeiro set e tivemos que dar o nosso máximo pra buscar a vitória. O Sul-Americano serve também como incentivo para times do Uruguai, Chile e Paraguai, países de menos tradição no esporte. Isto valeu a pena.
O Cruzeiro agora vive a expectativa de disputar o Campeonato Mundial, em Doha, no Qatar, a partir do dia 13 de outubro. Na primeira fase, o time brasileiro encara ninguém menos que o italiano Trentino, atual tricampeão do mundo. Wallace sabe das dificuldades do torneio e acredita que enfrentar jogadores com mais de dois metros de altura será um dos principais problemas.
- Mundial é complicado. Vamos pegar times da Itália, da Rússia, o time do Rodrigão, do Qatar. São times muito chatos. Temos que dar 110% de nós, 100% não bastam. Os caras jogam competições bem diferentes da Superliga, com adversários mais altos. Querendo ou não, a gente não está habituado a jogar com adversários tão altos, com mais de dois metros. Vamos ter que nos adaptar o mais rápido possível para conseguir alguma coisa neste campeonato mundial.
A chance de se sagrar campeão mundial mexe com Wallace. O jogador não esconde a ansiedade, mas mostra tranquilidade ao falar sobre a expectativa e a possibilidade da conquista.
- Eu conversei bastante com o pessoal do time. Tá todo mundo querendo este título de toda maneira. Imagina ser campeão do mundo de clubes? É uma conquista que qualquer jogador quer. Eu prefiro botar os pés no chão e pensar que a gente tem chance de chegar lá, mostrar nosso trabalho, fazer bons jogos e, consequentemente, conquistar o título.
Wallace chegou a Londres como reserva de Leandro Vissotto. Uma contusão na virilha sofrida pelo companheiro contra a Argentina, nas quartas-de-final, porém, fez com que o jogador do Cruzeiro entrasse e se tornasse titular da seleção brasileira. As boas atuações o mantiveram na equipe até a decisão contra a Rússia. O oposto tem a consciência de que precisa manter seu jogo em alto nível para voltar a fazer parte do grupo de Bernardinho, e, para isso, tem que continuar bem no Cruzeiro.
- Tive a oportunidade de jogar as Olimpíadas, o que, sinceramente, não esperava. Foi uma fatalidade o que aconteceu com o Leandro. Mas não tem jeito, o atleta está sujeito a isso. Eu estava preparado e consegui fazer bem o meu papel. Acho que não deixei a desejar nos jogos. Agora é pensar que tenho grande chance de crescer mais com a seleção. A Olimpíada não me garantiu no grupo para o resto da vida. Vou sempre buscar uma convocação. Tenho que buscar e não deixar as coisas acontecerem.
Com 25 anos, Wallace estará com 29 nas Olimpíadas do Rio. O sonho do ouro olímpico seguirá vivo no coração do jogador. O oposto afirma que, mesmo com a frustrante derrota para a Rússia em Londres, o orgulho de ter conquistado uma medalha de prata é muito grande.
- Quero buscar este ouro, se possível em cima da Rússia (risos). A derrota nos deixou tristes. Mas foi mérito deles. Fiquei muito chateado, é claro. Ninguém fica feliz com uma derrota, mas logo depois fiquei feliz por ter conquistado uma medalha de prata. Não é qualquer um que chega numa Olimpíada e consegue isso. Fiquei abatido no momento da derrota, mas depois que abaixa a adrenalina você pensa que qualquer um desejaria uma medalha como esta.
Passo a passo
Ciente da excelente fase que atravessa, Wallace mantém o jeito tímido e humilde, que marca sua personalidade, ao falar do futuro. Mesmo que, no fundo, imagine grandes conquistas. Ele projeta os próximos compromissos no Cruzeiro, lembrando a importância da disputa do Mundial para continuar sua evolução e a busca por espaço na Seleção Brasileira.
- Tenho que manter o foco aqui no Cruzeiro. Tem que fazer como o Marcelo (Mendez, técnico argentino do Cruzeiro) diz. Passo a passo, não tem como atropelar tudo. Primeiro é a disputa do Campeonato Mineiro, queremos buscar a vaga na final. Depois vamos pensar no Mundial em Doha, para depois ir para a Superliga. Passo a passo. Este é o método de ter os pés no chão e não sair perdendo, tanto no clube como na seleção.
Ciente da excelente fase que atravessa, Wallace mantém o jeito tímido e humilde, que marca sua personalidade, ao falar do futuro. Mesmo que, no fundo, imagine grandes conquistas. Ele projeta os próximos compromissos no Cruzeiro, lembrando a importância da disputa do Mundial para continuar sua evolução e a busca por espaço na Seleção Brasileira.
- Tenho que manter o foco aqui no Cruzeiro. Tem que fazer como o Marcelo (Mendez, técnico argentino do Cruzeiro) diz. Passo a passo, não tem como atropelar tudo. Primeiro é a disputa do Campeonato Mineiro, queremos buscar a vaga na final. Depois vamos pensar no Mundial em Doha, para depois ir para a Superliga. Passo a passo. Este é o método de ter os pés no chão e não sair perdendo, tanto no clube como na seleção.

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