quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Oito anos do bicampeonato olímpico





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Hoje faz oito anos que a Seleção Brasileira de Vôlei ganhou o seu segundo ouro (A primeira foi nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992). Parabéns aos jogadores que tem muito o que comemorar.

Vamos relembrar como foi aquele domingo. Naquele dia, a seleção passou pela Itália por 3 sets a 1, com parciais de 25-15, 24-26, 25-20 e 25-22, e garantiu o título dos Jogos Olímpicos de Atenas.
Com a vitória sobre a Itália no vôlei, o Brasil também sacramenta a sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos. O país deixa Atenas com um recorde de quatro medalhas de ouro, superando as três conquistas de Atlanta-1996. Robert Scheidt e a dupla Torben Grael/Marcelo Ferreira, na vela, e Ricardo e Emanuel, no vôlei de praia, foram os outros brasileiros que ganharam a medalha de ouro.


O título da Olimpíada coroa definitivamente a Era Bernardinho na seleção. Desde que o treinador assumiu, em 2001, o time ficou quase imbatível.
O jeito enérgico e estressado do treinador casou muito bem com uma geração talentosíssima, que superou em termos de resultados o time campeão olímpico em Barcelona-1992.
Nesse jogo apenas Maurício e Giovane eram os dois únicos remanescentes da equipe medalha de ouro na Espanha. Com 36 e 33 anos, respectivamente. Na final contra a Itália, eles não entraram em quadra. Mesmo assim, conseguiram se inscrever na lista de bicampeões olímpicos brasileiros, ao lado de Adhemar Ferreira da Silva, Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira.
O substituto de Nalbert foi Dante, um dos jogadores mais criticados pela campanha fracassada nos Jogos de Sydney-2000. Em Atenas, entretanto, o ponta foi à forra, tornando-se um dos principais nomes da seleção. A manutenção da qualidade de jogo do Brasil, não importando quem esteja em quadra, é uma das características da Era Bernardinho.
Desde que assumiu a seleção, o treinador afirmou que a equipe tinha "12 titulares", fazendo com que medalhões como Maurício, Giba e Giovane passassem pelo banco. E os "reservas", muitas vezes, decidiram jogos importantes, como a final do Mundial de 2002, contra a Sérvia e Montenegro, que terminou com um ace de Giovane. Ou a decisão da Liga Mundial de 2004, diante da própria Itália, na qual o Brasil não pôde contar com metade de seu time base.

"É um misto de alívio e alegria. Vamos curtir um pouco essa sensação", disse Bernardinho logo após a partida.

O jogo
Para fugir do "melhor bloqueio do mundo", nas palavras do próprio técnico Bernardinho, o Brasil apostou nas bolas rápidas. E no primeiro set a tática deu resultado. Com uma boa variação de jogadas do levantador Ricardinho, e ataques precisos de Dante, a seleção brasileira dominou a parcial.

A Itália até começou na frente, abrindo três pontos com um ataque para fora de Giba (5-2), mas o Brasil fez cinco pontos seguidos, com direito a dois bloqueios de Dante sobre Andrea Sartoretti, o principal atacante italiano.
Sartoretti continuou o set sem conseguir virar as bolas, e o Brasil passou a abrir vantagem, graças principalmente aos erros italianos. Um ataque para fora de Alessandro Fei deixou a diferença em quatro pontos (13-9). Depois, foi a vez de Samuele Papi mandar para fora (18-12). E foi em outro erro italiano que o Brasil fechou a parcial em 25-15.
No segundo set, Sartoretti conseguiu fugir da marcação, e o saque italiano dificultou o passe brasileiro. Assim, a partida ficou bastante equilibrada. O Brasil conseguiu uma pequena vantagem de dois pontos até a metade da parcial, mas a Itália jogou melhor os pontos decisivos.
Com um ace, os italianos ficaram na frente (19-18). O Brasil chegou a empatar, mas um bloqueio definiu a vitória da Itália na parcial por 26-24.
No terceiro set, o que definiu a vitória do Brasil foi o saque. A seleção marcou cinco pontos neste fundamento, sendo três com o serviço de Gustavo. E a Itália em nenhum momento chegou a ameaçar de fato a seleção brasileira.
Assim, o Brasil abriu uma vantagem que variou de três a cinco pontos, apesar do bloqueio não ter funcionado muito bem. Em compensação, brilhou a estrela de Giba, tanto no ataque quanto na defesa. E os brasileiros ganharam a parcial por 25-20.
No quarto set, o Brasil deu um show. A Itália até abriu dois pontos de diferença, com um bloqueio de Papi (5-3). Mas uma seqüência muito boa, com dois erros italianos, um ataque de Giba e outro de Dante fizeram com que os brasileiros pulassem na frente (10-6).
A Itália não desistiu, e empatou com um bloqueio em Giba (13-13). E um ataque de Sartoretti, que desviou em Andre Heller, colocou os italianos na frente (15-14). O Brasil se recuperou e, com dois pontos de bloqueio de Anderson, que havia entrado no lugar de André Nascimento, retomou a liderança (20-18). No final, a seleção apenas administrou a vantagem para fechar a parcial em 25-22 e garantir o título
Com a vitória de 3 a 1, a seleção pôde finalmente comemorar. Os jogadores se abraçaram e choraram, enrolados com a bandeira do Brasil. E deram o tradicional "peixinho" na quadra, marca registrada dessa geração.
"Este título não foi construído em 15 dias, mas sim em quatro anos de trabalho e sacrifício", disse o capitão Nalbert.¹

Hoje a seleção continua com resultados surpreendentes.

Na seleção masculina

2001 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Katowice, Polônia
2001 - Campeão sul-americano
2001 - Campeão da Copa América de Voleibol
2001 - Campeão do Torneio Ponte di Legno, na Itália
2001 - Campeão do Torneio Consorzio Metano de Vellecamonica, na Itália
2001 - Vice-campeão da Copa dos Campeões de Voleibol, no Japão
2002 - Vice-campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Belo Horizonte
2002 - Campeão do Torneio Sei Nazioni
2002 - Campeão Mundial, em Buenos Aires, Argentina
2003 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Madri, Espanha
2003 - Campeão sul-americano
2003 - Campeão da Copa do Mundo de Voleibol, no Japão
2003 - Bronze no Pan-americano de Santo Domingo
2004 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Roma, Itália
2004 - Ouro na Olimpíada de Atenas
2005 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Belgrado, Sérvia e Montenegro
2005 - Campeão sul-americano
2005 - Vice-campeão da Copa América de Voleibol
2005 - Campeão da Copa dos Campeões de Voleibol, no Japão
2006 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Moscou, na Rússia
2006 - Campeão Mundial no Japão
2007 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Katowice, Polônia
2007 - Ouro no Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro
2007 - Campeão sul-americano
2007 - Vice-campeão da Copa América
2007 - Campeão da Copa do Mundo de Voleibol, no Japão
2008 - Quarto colocado da Liga Mundial, no Rio de Janeiro
2008 - Prata nas Olimpíadas de Pequim, na China
2008 - Vice-campeão da Copa América
2009 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Belgrado, Sérvia
2009 - Campeão sul-americano
2009 - Campeão da Copa dos Campeões de Voleibol, no Japão
2010 - Campeão da Liga Mundial de Voleibol, em Córdoba, Argentina
2010 - Campeão do Torneio Hubert Jerzy Wagner, na Polônia
2010 - Campeão Mundial, Roma, Itália
2011 - Campeão sul-americano, em Cuiabá, Brasil.
2012 - Prata nas Olimpíadas de Londres, na Inglaterra².
1-texto retirado do site: http://esporte.uol.com.br/olimpiadas/medalhistas/voleimasc.jhtm

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