terça-feira, 20 de novembro de 2012
Superliga tabela 2013 primeira rodada
TABELA 1ª rodada
24/11/12 (Sáb) / 11h00
São Bernardo x SESI-SP São Bernardo - Adib Moysés Dib
24/11/12 (Sáb) / 18h00
Funvic/Midia Fone x Sada Cruzeiro Pindamonhangaba - Juca Moreira
24/11/12 (Sáb) / 19h30
UFJF x RJX Juiz de Fora - UFJF
24/11/12 (Sáb) / 20h00
Canoas x Super Imperatriz Canoas - Unilasalle
24/11/12 (Sáb) / 21h30
Vivo/Minas x Sada Cruzeiro Ao vivo SporTV Belo Horizonte - Arena Vivo
25/11/12 (Dom) / 13h00
Medley/Campinas x Volei Futuro Ao vivo SporTV Campinas - Taquaral
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Bruninho pede atenção ao bloqueio adversário na estreia da Superliga
foto retirada da página do facebook/RJX vôlei
O levantador da Seleção Brasileira, Bruninho, vai defender o RJX na temporada 2012/2013 da Superliga, que tem início no próximo final de semana, e já mostra preocupação com o adversário da estreia, o UFJF. A partida será fora de casa, no ginásio da Universidade Federal de Juiz de Fora, às 19h30.
Bruninho chamou a atenção para o bloqueio do time mineiro, que tem jogadores de grande estatura na rede. “Estamos todos motivados e ansiosos para começar. Nosso time vem treinando já há algum tempo e está na hora de entrar em quadra pra valer. No sábado, temos que ter atenção ao bloqueio do UFJF, que conta com jogadores altos, o que pode nos dar trabalho”.
O técnico do RJX, Marcelo Fronckowiak, partilha da cautela do capitão da equipe. “Nosso time vem treinando bem, com um bom rendimento. Mas os amistosos que fizemos no último mês nos mostraram que ainda falta ritmo. Estrear fora de casa é sempre mais complicado, ainda mais contra uma equipe que conta com grande motivação e juventude, como o UFJF. Acredito no empenho do meu grupo e queremos começar a competição com vitória, claro”, analisou.
Antes de entrar em quadra, alguns dos principais jogadores do time carioca participarão do evento de abertura do principal torneio nacional de vôlei. O lançamento será no Espaço Villa-Lobos, em São Paulo, às 10h30, nesta quarta-feira. Bruninho, Dante, Lucão, Mario Júnior e Thiago Alves estarão junto com o treinador Fronckowiak na cerimônia.
texto retirado do site: http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/11/volei/bruninho-pede-atencao-ao-bloqueio-adversario-na-estreia-da-superliga.html
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Mari critica Zé Roberto e diz que pode defender a Seleção Alemã
foto: Amargosa Informa
A ponteira brasileira fala sobre o corte das Olimpíadas de Londres e revela racha na seleção de vôlei
Os Jogos Olímpicos de Londres ainda rendem assunto na seleção brasileira de vôlei feminina. A ponteira Mari parece não ter esquecido seu corte da competição e ainda repercute a decisão do técnico José Roberto Guimarães. Em entrevista à Revista Istoé 2016, a atleta disse se sentir injustiçada pelo treinador e falou muito mais sobre o ambiente da equipe com o técnico.
“Fui injustiçada. Não tenho mais relacionamento com ele e não faço a menor questão de ter”, falou a jogadora. “Não estou pensando em seleção. Sinto o dever cumprido pelo que já fiz. Se eu voltar para a seleção é porque quero e gosto, não porque preciso”, completou.
Zé Roberto optou pelo corte da atleta três semanas antes da Olimpíada. Logo depois dessa decisão, em entrevista ao Esporte Interativo, o treinador demonstrou tristeza por ter que fazer a opção de não levar a jogadora mesmo com o bom relacionamento dos dois e disse ter tido vontade de 'sair correndo'. Na época, optou por levar Tandara como reserva de Sheilla e ter Natália, que se recuperava de cirurgia, como opção na ponta, deixando Mari de fora da campanha que valeu o bicampeonato olímpico para a seleção. Para isso, ele alegou que as coisas não andavam bem.
Mas mesmo com toda a consideração mostrada pelo treinador, Mari diz não acreditar nas justificativas e comentou ser difícil sua volta para a seleção de vôlei brasileira.
“O Zé Roberto segue a vida dele e eu, a minha. Ele não precisa de mim nem eu dele. Cada um tem que seguir seu rumo. Quando saí, todas as meninas choraram e vieram falar comigo. Disseram que, na semana do corte, o clima dos treinos ficou ruim”, critica Mari. "Provavelmente com ele lá, acho que nem eu nem ele queremos! Mas não sei, tudo pode mudar na nossa vida", disse ponteira em entrevista à Revista Istoé 2016, divulgada pelo site UOL Esportes.
Também de acordo com a publicação, a atleta poderia até defender a seleção da Alemanha. A jogadora possui ascendência alemã e precisaria apenas ter o passaporte e ficar sem jogar dois anos na seleção brasileira para defender as cores de outro país.
A ponteira foi procurada para comentar as declarações, mas o empresário da Mari, Léo Cunha, disse ao Yahoo!Esporte Interativo, por telefone, que a atleta não vai mais falar sobre o assunto, que seria página virada na vida da jogadora.
Os Jogos Olímpicos de Londres ainda rendem assunto na seleção brasileira de vôlei feminina. A ponteira Mari parece não ter esquecido seu corte da competição e ainda repercute a decisão do técnico José Roberto Guimarães. Em entrevista à Revista Istoé 2016, a atleta disse se sentir injustiçada pelo treinador e falou muito mais sobre o ambiente da equipe com o técnico.
“Fui injustiçada. Não tenho mais relacionamento com ele e não faço a menor questão de ter”, falou a jogadora. “Não estou pensando em seleção. Sinto o dever cumprido pelo que já fiz. Se eu voltar para a seleção é porque quero e gosto, não porque preciso”, completou.
Zé Roberto optou pelo corte da atleta três semanas antes da Olimpíada. Logo depois dessa decisão, em entrevista ao Esporte Interativo, o treinador demonstrou tristeza por ter que fazer a opção de não levar a jogadora mesmo com o bom relacionamento dos dois e disse ter tido vontade de 'sair correndo'. Na época, optou por levar Tandara como reserva de Sheilla e ter Natália, que se recuperava de cirurgia, como opção na ponta, deixando Mari de fora da campanha que valeu o bicampeonato olímpico para a seleção. Para isso, ele alegou que as coisas não andavam bem.
Mas mesmo com toda a consideração mostrada pelo treinador, Mari diz não acreditar nas justificativas e comentou ser difícil sua volta para a seleção de vôlei brasileira.
“O Zé Roberto segue a vida dele e eu, a minha. Ele não precisa de mim nem eu dele. Cada um tem que seguir seu rumo. Quando saí, todas as meninas choraram e vieram falar comigo. Disseram que, na semana do corte, o clima dos treinos ficou ruim”, critica Mari. "Provavelmente com ele lá, acho que nem eu nem ele queremos! Mas não sei, tudo pode mudar na nossa vida", disse ponteira em entrevista à Revista Istoé 2016, divulgada pelo site UOL Esportes.
Também de acordo com a publicação, a atleta poderia até defender a seleção da Alemanha. A jogadora possui ascendência alemã e precisaria apenas ter o passaporte e ficar sem jogar dois anos na seleção brasileira para defender as cores de outro país.
A ponteira foi procurada para comentar as declarações, mas o empresário da Mari, Léo Cunha, disse ao Yahoo!Esporte Interativo, por telefone, que a atleta não vai mais falar sobre o assunto, que seria página virada na vida da jogadora.
texto retirado do site:http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/spt--mari-critica-z%C3%A9-roberto-e-diz-que-pode-defender-a-sele%C3%A7%C3%A3o-alem%C3%A3.html
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Separação de Juliana e Larissa
O que dizer se o Doutor Watson abandonasse Sherlock Holmes? Ou se o Gordo decidisse seguir carreira solo e deixasse o Magro? Parece difícil imaginar que certas duplas possam caminhar separadas. Entretanto, uma das parcerias mais bem-sucedidas da história recente do esporte brasileiro está com os dias contados. Larissa, 30 anos, que joga ao lado de Juliana, 29 anos, há nove anos, anunciou, em outubro, que pretende se afastar do vôlei de praia ao fim desta temporada e tocar outros planos sozinha. Juliana continuará na modalidade, com outra parceira.
A decisão veio após mais de mil vitórias, sete títulos do Circuito Mundial, dois pan-americanos, um bronze olímpico e uma longa lista de títulos e recordes. Em quase 40 minutos de conversa com o GLOBOESPORTE.COM/CE, a dupla falou sobre o ouro olímpico que não veio, a grandeza das americanas Walsh e May e a separação.
Juliana e Larissa, em um dos poucos momentos de descontração dupla na entrevista ao Globoesporte.com (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
A história com o vôlei começou em 2001, e um ano depois a dupla passou pelas primeiras provações. Juliana, aos 19 anos, rompeu o ligamento do joelho, e Larissa, que estava com 20, teve problemas com hérnia de disco. No entanto, recuperaram-se e, em 2005, venceram o primeiro Circuito Mundial. As jogadoras encontraram no Ceará o local perfeito para construir uma vida. Juliana, paulista, e Larissa, capixaba, pretendem continuar em Fortaleza mesmo após o fim da dupla.
- Eu não nasci aqui, mas eu sou federada pelo Ceará. Então, todo mundo já associa ao meu nome. É a Juliana do Ceará. – afirma a santista.
O ouro olímpico, no entanto, é um ponto de divergência da dupla. Embora as duas reconheçam o diferencial da medalha dourada, Larissa valoriza o suor gasto nas outras competições e diz que não trocaria os títulos já conquistados pelo lugar mais alto do pódio das Olimpíadas.
- Eu acho que todos os títulos são muito importantes: Mundial, Pan-Americano, tudo... – ressalta.
Juliana, no entanto, ressalta a importância do torneio e revela que trocaria todos os títulos já conquistados pelo lugar mais alto do pódio olímpico.
- Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos – explica.
A história com o vôlei começou em 2001, e um ano depois a dupla passou pelas primeiras provações. Juliana, aos 19 anos, rompeu o ligamento do joelho, e Larissa, que estava com 20, teve problemas com hérnia de disco. No entanto, recuperaram-se e, em 2005, venceram o primeiro Circuito Mundial. As jogadoras encontraram no Ceará o local perfeito para construir uma vida. Juliana, paulista, e Larissa, capixaba, pretendem continuar em Fortaleza mesmo após o fim da dupla.
- Eu não nasci aqui, mas eu sou federada pelo Ceará. Então, todo mundo já associa ao meu nome. É a Juliana do Ceará. – afirma a santista.
O ouro olímpico, no entanto, é um ponto de divergência da dupla. Embora as duas reconheçam o diferencial da medalha dourada, Larissa valoriza o suor gasto nas outras competições e diz que não trocaria os títulos já conquistados pelo lugar mais alto do pódio das Olimpíadas.
- Eu acho que todos os títulos são muito importantes: Mundial, Pan-Americano, tudo... – ressalta.
Juliana, no entanto, ressalta a importância do torneio e revela que trocaria todos os títulos já conquistados pelo lugar mais alto do pódio olímpico.
- Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos – explica.
Juliana e Larissa são heptacampeãs mundiais
(Foto: Divulgação/FIVB)
O desgaste causado por nove anos de convivência, treinamentos árduos e uma "dose cavalar de pressão", como elas mesmas replicam, ajudam a explicar as razões da separação. As discordâncias ficam claras em diferentes momentos durante a conversa. Mas a vida segue, com a certeza de que o nome da dupla está gravado na história da modalidade. Enquanto Juliana continua no esporte, Larissa quer aproveitar para ser mãe, cuidar do corpo e dos negócios.
Confira as histórias, as discordâncias e o que elas pensam para o futuro após a separação.
GLOBOESPORTE.COM: Com todos os títulos que vocês conquistaram até hoje, vocês se consideram a maior dupla feminina de vôlei de praia da história?
Larissa: Olha, eu acho que a gente escreveu uma história muito bonita no vôlei de praia. Apesar de ser um esporte em que todo mundo olha e diz: 'Nossa, que legal, você vai à praia todo dia', a gente sabe que é muito difícil. Não temos substituição, enfrentamos o vento, o frio, a chuva, o calor. É muito sacrificante. Eu me sinto muito orgulhosa. Eu acho que o que a gente fez é uma coisa que dificilmente outra dupla vai conseguir fazer, porque se manter assim durante tantos anos é difícil. Eu não sei se posso dizer que nós fomos a melhor dupla do mundo, ou que eu sou a melhor jogadora do mundo, acho que isso não cabe. Mas dizer que a gente formou uma dupla que dificilmente outra vai conseguir bater, dá sim. E eu tenho certeza de que muitas pessoas vão lembrar e vão pensar em inúmeras vitórias, e isso eu vou levar para o resto da minha vida.
Juliana: Acho que eu e a Larissa colocamos o nosso nome na história do vôlei de praia, sem dúvida. A gente é um marco. Mas eu não considero a melhor dupla do mundo porque, juntas, não ganhamos as Olimpíadas. Acho que ficou faltando isso. E quem ganha uma medalha de ouro em Olimpíadas é diferenciado. Infelizmente, a gente não ganhou. Ganhamos inúmeros títulos. Houve temporadas em que nós fomos a melhor dupla, não tenho dúvidas disso. Mas a melhor dupla da história, não. Por esse motivo, pela falta da medalha de ouro, vai ficar sempre essa dúvida, essa pergunta. O brilho (das outras conquistas) não é apagado por causa disso. Batemos vários recordes em um curto espaço de tempo. O nosso começo foi meteórico. Duas meninas novas, aprendemos a vencer uma com a outra. Então nós temos peculiaridades que outras duplas não tiveram. Eu e a Larissa aprendemos a ganhar e perder juntas - muito mais ganhar do que perder. Eu acho que, se a gente tivesse ganhado a medalha de ouro em 2008, aí dava para dizer que a gente tinha fechado esse ciclo com chave de ouro.
E o que faltou para o ouro nas Olimpíadas?
Juliana: Não sei. Não me pergunte porque eu não sei o que aconteceu. Uma pessoa perguntou para mim, assim: "Juliana, você trocaria todos os seus títulos por uma medalha de ouro nas Olimpíadas?", e eu respondi que sim, trocaria. Mas dizem: "Juliana, é muita coisa para você trocar", mas eu trocaria. Olimpíadas são diferentes. Eu trocaria, já a Larissa, não.
(Foto: Divulgação/FIVB)
O desgaste causado por nove anos de convivência, treinamentos árduos e uma "dose cavalar de pressão", como elas mesmas replicam, ajudam a explicar as razões da separação. As discordâncias ficam claras em diferentes momentos durante a conversa. Mas a vida segue, com a certeza de que o nome da dupla está gravado na história da modalidade. Enquanto Juliana continua no esporte, Larissa quer aproveitar para ser mãe, cuidar do corpo e dos negócios.
Confira as histórias, as discordâncias e o que elas pensam para o futuro após a separação.
GLOBOESPORTE.COM: Com todos os títulos que vocês conquistaram até hoje, vocês se consideram a maior dupla feminina de vôlei de praia da história?
Larissa: Olha, eu acho que a gente escreveu uma história muito bonita no vôlei de praia. Apesar de ser um esporte em que todo mundo olha e diz: 'Nossa, que legal, você vai à praia todo dia', a gente sabe que é muito difícil. Não temos substituição, enfrentamos o vento, o frio, a chuva, o calor. É muito sacrificante. Eu me sinto muito orgulhosa. Eu acho que o que a gente fez é uma coisa que dificilmente outra dupla vai conseguir fazer, porque se manter assim durante tantos anos é difícil. Eu não sei se posso dizer que nós fomos a melhor dupla do mundo, ou que eu sou a melhor jogadora do mundo, acho que isso não cabe. Mas dizer que a gente formou uma dupla que dificilmente outra vai conseguir bater, dá sim. E eu tenho certeza de que muitas pessoas vão lembrar e vão pensar em inúmeras vitórias, e isso eu vou levar para o resto da minha vida.
Juliana: Acho que eu e a Larissa colocamos o nosso nome na história do vôlei de praia, sem dúvida. A gente é um marco. Mas eu não considero a melhor dupla do mundo porque, juntas, não ganhamos as Olimpíadas. Acho que ficou faltando isso. E quem ganha uma medalha de ouro em Olimpíadas é diferenciado. Infelizmente, a gente não ganhou. Ganhamos inúmeros títulos. Houve temporadas em que nós fomos a melhor dupla, não tenho dúvidas disso. Mas a melhor dupla da história, não. Por esse motivo, pela falta da medalha de ouro, vai ficar sempre essa dúvida, essa pergunta. O brilho (das outras conquistas) não é apagado por causa disso. Batemos vários recordes em um curto espaço de tempo. O nosso começo foi meteórico. Duas meninas novas, aprendemos a vencer uma com a outra. Então nós temos peculiaridades que outras duplas não tiveram. Eu e a Larissa aprendemos a ganhar e perder juntas - muito mais ganhar do que perder. Eu acho que, se a gente tivesse ganhado a medalha de ouro em 2008, aí dava para dizer que a gente tinha fechado esse ciclo com chave de ouro.
E o que faltou para o ouro nas Olimpíadas?
Juliana: Não sei. Não me pergunte porque eu não sei o que aconteceu. Uma pessoa perguntou para mim, assim: "Juliana, você trocaria todos os seus títulos por uma medalha de ouro nas Olimpíadas?", e eu respondi que sim, trocaria. Mas dizem: "Juliana, é muita coisa para você trocar", mas eu trocaria. Olimpíadas são diferentes. Eu trocaria, já a Larissa, não.
Clima de despedida era visível em Juliana e
Larissa (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Larissa: Eu não trocaria de jeito nenhum. Eu acho que as Olimpíadas são muito importantes, só quem está lá para saber o que é. Mas eu acho que cada um tem seu espaço, seu momento. Só nós duas sabemos o que passamos para ser sete vezes campeãs do Circuito Mundial, quase que consecutivas. Só foi interrompido em 2008, porque a Juliana teve uma lesão no joelho. Senão a gente seria oito vezes campeãs. Então, isso é muita coisa, e eu valorizo demais, porque através desses títulos nós chegamos onde chegamos. Com eles nós pudemos participar das Olimpíada. 90% dos atletas trocariam, mas eu tenho um pensamento diferente. Quando a gente ganhou uma Copa do Mundo, para mim, foi que nem ganhar as Olimpíadas. Foi sensacional. A gente tinha jogado três vezes e não tinha vencido nenhuma, e em 2011 a gente foi campeã do mundo e foi muito bacana.
Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos"
Juliana
Juliana: Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos. São dez, quinze dias, ali, em que você tem que fazer o seu melhor e ser diferenciada. De fato, ser campeão mundial, não é para qualquer um. Ganhar uma etapa do Circuito Mundial não é fácil. Porém, ser campeão olímpico não é para qualquer um também, não.
Larissa: É engraçado isso. Porque, realmente, em tudo a pessoa tem que ser f***. Porque você passa 15 dias concentrada e ganhar as Olimpíadas, que só tem de quatro em quatro anos, é dificílimo. Você passa seis, cinco meses concentrada, isso também é dificílimo. Este ano, a gente ganhou três etapas do Circuito Mundial, são cinco meses no Mundial e cinco meses concentradas, isso também é muito difícil. Sem contar ainda, como a maioria das pessoas falam: “Ah, ganhou uma vez, é muito fácil, quero ver ganhar duas”. Daí a gente ganha a segunda e falam: “Ah, quero ver manter'. Daí, a gente mantém e vence sete vezes. No fim, eu acho que todos os títulos são muito importantes: Mundial, Pan-Americano, tudo... Quando perguntam: "Qual foi a principal vitória de vocês?", eu digo que foram três. Primeira vez que a gente ganhou da Walsh e da May, a Copa do Mundo e o bronze contra as chinesas, em Pequim. São as três vitórias que vão marcar mais.
A Walsh e a May foram a dupla mais difícil que vocês já enfrentaram? É a pedra no sapato da dupla?
Juliana: É a pedra no sapato de qualquer dupla. Se você perguntar para elas qual foi a dupla mais difícil, elas vão citar o nosso nome, com certeza. Se você perguntar para os grandes times do mundo qual a dupla mais difícil, vão falar das americanas e provavelmente o nosso nome. As americanas são um calo no sapato, mas, ao mesmo tempo, fizeram a gente crescer. Porque a gente sempre tinha o objetivo de ganhar delas. Mas não era só ganhar delas, era manter uma linha de vitórias. Porque tem muita gente que ganha da gente e perde para um time insignificante, digamos assim. Quando a gente ganhava da Walsh e da May, tinha que ganhar o campeonato. Essa é a grande diferença. Às vezes havia alguns tropeços, elas perdiam para alguém, a gente perdia para alguém, mas às vezes os times ficavam tão deslumbrados porque ganhavam delas, porque ganhavam da gente, que acabavam esquecendo de jogar os outros jogos.
É como se fosse um campeonato à parte, jogar com elas?
Juliana: Exatamente. Sempre que a gente jogava contra elas, a gente comemorava quando ganhava e buscava comemorar também na final.
Larissa (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Larissa: Eu não trocaria de jeito nenhum. Eu acho que as Olimpíadas são muito importantes, só quem está lá para saber o que é. Mas eu acho que cada um tem seu espaço, seu momento. Só nós duas sabemos o que passamos para ser sete vezes campeãs do Circuito Mundial, quase que consecutivas. Só foi interrompido em 2008, porque a Juliana teve uma lesão no joelho. Senão a gente seria oito vezes campeãs. Então, isso é muita coisa, e eu valorizo demais, porque através desses títulos nós chegamos onde chegamos. Com eles nós pudemos participar das Olimpíada. 90% dos atletas trocariam, mas eu tenho um pensamento diferente. Quando a gente ganhou uma Copa do Mundo, para mim, foi que nem ganhar as Olimpíadas. Foi sensacional. A gente tinha jogado três vezes e não tinha vencido nenhuma, e em 2011 a gente foi campeã do mundo e foi muito bacana.
Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos"
Juliana
Juliana: Ser campeã do mundo, sem dúvida, é uma coisa única, mas o Circuito Mundial tem todo ano. Olimpíadas, só de quatro em quatro anos. São dez, quinze dias, ali, em que você tem que fazer o seu melhor e ser diferenciada. De fato, ser campeão mundial, não é para qualquer um. Ganhar uma etapa do Circuito Mundial não é fácil. Porém, ser campeão olímpico não é para qualquer um também, não.
Larissa: É engraçado isso. Porque, realmente, em tudo a pessoa tem que ser f***. Porque você passa 15 dias concentrada e ganhar as Olimpíadas, que só tem de quatro em quatro anos, é dificílimo. Você passa seis, cinco meses concentrada, isso também é dificílimo. Este ano, a gente ganhou três etapas do Circuito Mundial, são cinco meses no Mundial e cinco meses concentradas, isso também é muito difícil. Sem contar ainda, como a maioria das pessoas falam: “Ah, ganhou uma vez, é muito fácil, quero ver ganhar duas”. Daí a gente ganha a segunda e falam: “Ah, quero ver manter'. Daí, a gente mantém e vence sete vezes. No fim, eu acho que todos os títulos são muito importantes: Mundial, Pan-Americano, tudo... Quando perguntam: "Qual foi a principal vitória de vocês?", eu digo que foram três. Primeira vez que a gente ganhou da Walsh e da May, a Copa do Mundo e o bronze contra as chinesas, em Pequim. São as três vitórias que vão marcar mais.
A Walsh e a May foram a dupla mais difícil que vocês já enfrentaram? É a pedra no sapato da dupla?
Juliana: É a pedra no sapato de qualquer dupla. Se você perguntar para elas qual foi a dupla mais difícil, elas vão citar o nosso nome, com certeza. Se você perguntar para os grandes times do mundo qual a dupla mais difícil, vão falar das americanas e provavelmente o nosso nome. As americanas são um calo no sapato, mas, ao mesmo tempo, fizeram a gente crescer. Porque a gente sempre tinha o objetivo de ganhar delas. Mas não era só ganhar delas, era manter uma linha de vitórias. Porque tem muita gente que ganha da gente e perde para um time insignificante, digamos assim. Quando a gente ganhava da Walsh e da May, tinha que ganhar o campeonato. Essa é a grande diferença. Às vezes havia alguns tropeços, elas perdiam para alguém, a gente perdia para alguém, mas às vezes os times ficavam tão deslumbrados porque ganhavam delas, porque ganhavam da gente, que acabavam esquecendo de jogar os outros jogos.
É como se fosse um campeonato à parte, jogar com elas?
Juliana: Exatamente. Sempre que a gente jogava contra elas, a gente comemorava quando ganhava e buscava comemorar também na final.
Juliana, com o sobrinho de Larissa, que conferiu a entrevista (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Eram dois títulos em um?
Juliana: Não, era um título só. Nós já saíamos daqui preparadas para jogar contra elas.
Larissa: A gente tinha que estar 100% para jogar contra elas. A gente não podia estar com preguiça. Rolava um respeito muito grande nosso com elas e delas com a gente, e isso era muito legal. A gente esperava um confronto contra elas assim como elas esperavam um confronto contra a gente. Não era jogar contra Larissa e Juliana, era jogar (com ênfase) contra Larissa e Juliana. Não era jogar contra Walsh e May, era jogar (com ênfase) contra Walsh e May. No vôlei de praia, você tem que ter físico, técnica e psicológico. Se você tiver 40% de psicológico e 30% de técnica e físico, é bom. A maioria dos times tem os 30%, mas não tem o psicológico. E Walsh e May têm o psicológico muito forte. Às vezes você tem dois e não tem o terceiro. Então, o time que consegue manter esses três em equilíbrio consegue ser o melhor time. Eu e Juliana sempre tivemos muito físico e técnico, porque o nosso clima favorece. Aqui no Brasil a gente tem competição durante o ano inteiro e a gente treina muito. A nossa batalha era contra o psicológico. Então tinha que ficar concentrada o jogo inteiro.
Inclusive, foi em uma partida contra elas, em 2005, que vocês acabaram entrando no Guiness Book 2011, por uma partida que durou 1h40m. Aquela foi a partida mais difícil de vocês?
Juliana: Olha, eu posso falar uma coisa para você com muita tristeza. Não sendo injusta, mas eu acho que o vôlei merecia uma final olímpica com Juliana e Larissa contra Walsh e May. Porque a gente já fez muitas batalhas incríveis contra elas. Uma delas foi essa daí, do México, de 2005. Teve a Copa do Mundo, que a gente jogou em uma situação adversa, porque estávamos perdendo de 17 a 11 e a gente conseguiu virar o jogo para 21 a 17. E ainda começou o tie break vencendo de 3 a 0, ou seja, a gente fez 13 pontos diretos. A gente não fez 13 pontos seguidos em qualquer dupla, foi contra a Walsh e a May. Assim como também houve vitórias épicas delas contra a gente. Uma vez, a gente vencia por 16 a 12, daí elas viraram para 21 a 16, e a gente não viu mais a cor da bola. Por isso que eu acho que uma final entre a gente, para o esporte, ia ser muito bacana. Ganhasse quem fosse o melhor no momento. Hoje, são elas, com certeza, as melhores da história, pois são tricampeãs olímpicas e escreveram o nome delas para sempre na história do vôlei. Eu me arrisco a dizer que dificilmente alguém vai bater isso, porque são 12 anos. Em questão de longevidade teve o Roberto Lopes, a Shelda, a gente, com nove anos, depois o Ricardo e o Emanuel, e pelo que eu vejo do vôlei, hoje, essas longevidades não vão acontecer mais. Então, ser tricampeã olímpica pode acontecer, se for um cara com diferentes parceiros, mas para uma parceria como elas foram, eu acho meio complicado.
Larissa: E tinha que ter dado tudo certo. Por exemplo, a gente tinha que ter ganhado em 2004, 2008 e 2012. Então é um negócio muito complicado.
Juliana: Eu acho que em 2004 não tinha espaço para a gente. Começamos em um cenário que tinha Adriana Behar e Shelda, Ana Paula e Sandra, daí não tinha espaço para a gente.
Larissa: Eu digo que só se desse tudo certo (para ser tricampeãs olímpicas). Porque para fazer de novo o que elas fizeram é praticamente impossível. Ainda mais com o vôlei sendo cada vez mais competitivo. Para ter uma dupla e se manter no topo durante 12 anos, só se trocar todas as juntas delas, porque o corpo não aguenta.
Uma vez, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, um tenista (Márcio Petrone, que derrotou Roger Federer no Orange Bowl de 1996) afirmou que 'o esporte de rendimento não é o esporte saudável'. Vocês têm essa mesma ideia?
Juliana: Com certeza. Uma vez eu estava com dor nas costas, meu namorado olhou para mim e disse: 'Isso aí não pode ser saúde. Eu não estou sentindo nada. Você vive doente e vem dizer que esporte é saúde?'. Ele fala isso brincando, óbvio. Mas, na realidade, é porque tem muito impacto. E no esporte de rendimento você vai enganando a dor o tempo inteiro, mas, ao mesmo tempo, temos o diferencial, porque raramente a gente fica doente e os riscos de doenças cardiovasculares reduzem bastante. Então, tem o seu lado ruim, mas também tem o bom. Você vai fazer fisioterapia, no meu caso, que machuquei os dois joelhos, a minha evolução em relação às pessoas normais era inacreditável, porque o atleta é assim. O tempo de reação, de reabilitação, é melhor. Não existe nada na vida que não se pague um preço. Mas eu acho que o nosso preço é até justo. Como diz o (Pedro) Bial: 'Cuide dos seus joelhos porque um dia você vai precisar deles'. Ele não disse para os atletas cuidarem dos joelhos, ele disse para as pessoas cuidarem dos joelhos. Então, todo mundo um dia vai ter problemas no joelho.
Em 2010, vocês deram uma entrevista e disseram que “Juliana e Larissa” eram quase um nome só, referindo-se somente a uma única pessoa. E a partir de dezembro, como vai ficar?
Juliana: Ficou. Acho que já está bom, né? Foi como eu disse, a gente marcou o nosso nome na história, com muitas vitórias, muita superação, muita garra. Agora, cada uma segue o seu caminho e que sejamos muito felizes. Está bom demais, mas já foi. Até dezembro, será uma coisa só, mas, a partir de dezembro, cada uma será uma coisa.
A gente cresceu juntas, aprendeu juntas, viajou o mundo inteiro juntas. Eu não gostava muito de sair, aprendi a sair com ela (Juliana). Ela tirou a carteira de motorista e eu ensinei a dirigir"
Larissa
Larissa: Hoje, eu estava em uma imobiliária e me disseram: "Larissa, pelo amor de Deus, não faça isso, como você pode fazer isso?". Daí, eu falo que já faz 15 anos que eu jogo vôlei, muito tempo viajando, abdicando de muita coisa, e que agora eu queria ter outras metas para a vida pessoal, para a profissional. Daí falavam: "Mas não pode um negócio desse, como vai ficar a dupla de vocês que a gente vê na televisão?". Daí, eu digo que a gente já jogou durante muitos anos, que já escreveu a nossa história e a vida é isso. Eu vou seguir caminhos diferentes dela, ela vai estar com outra parceira e vai buscar também os objetivos dela. Eu acho que nada se apaga. A gente viveu aquilo tudo, foi maravilhoso. A gente podia viver mais quatro anos, mas um dia ia acabar. Eu acho que o mais importante é tudo o que ficou, todas as lembranças. Eu tenho certeza de que tanto eu quanto ela temos muito mais lembranças boas do que ruins. Quantas vezes a gente se superou, quantas vezes a gente passou por dificuldades. A gente cresceu juntas, aprendeu juntas, viajou o mundo inteiro juntas. Eu não gostava muito de sair, aprendi a sair com ela. Ela tirou a carteira de motorista e eu ensinei a dirigir, então são coisas que a gente aprendeu, e agora ela vai aprender outras coisas, eu também. Eu vou chegar em dezembro, na última bola, e vou sair feliz, satisfeita. Poxa, a gente acabou de fazer mil vitórias, a gente fez vinte finais seguidas, sabe o que são vinte finais seguidas? São dois anos nas finais, direto! A gente é heptacampeã mundial. Então, o que mais eu quero, gente, pelo amor de Deus? Como que eu vou olhar para trás e...
Juliana: Está bom, Larissa, ele já entendeu, não precisa explicar mais, não.
Larissa: Como eu vou olhar para trás e dizer, "Poxa vida, tiveram momentos ruins", não tem como. Porque as pessoas ficam, "Oh, separação!", "Oh, não sei o quê!". Não é isso. O meu sentimento não é esse.
Juliana: É muito engraçado isso, porque o que mais as pessoas me perguntam é: "Juliana, cadê a tua cara-metade?", daí eu respondo que está no Rio de Janeiro. Mas aí me perguntam: "Mas a Larissa não mora no Ceará?". Daí, eu respondo que eu achei que era o meu namorado, porque a Larissa não é minha cara-metade. As pessoas não entendem. A gente toma decisões na vida. Por exemplo, eu faço isso aqui porque eu amo. Eu treino duas horas e meia de manhã. Às vezes eu chego em casa revoltada comigo, porque eu treino duas horas e meia, e por quê? Porque eu amo isso aqui. Quando eu saio, eu quero mais, e a Larissa não é assim. A Larissa não ama isso daqui. Ela gosta para caramba. Ela tem um prazer, como ela disse. Ela conquistou muita coisa. Hoje, a Larissa é conhecida mundialmente por isso. Mas ela também precisa do momento dela, então respeitamos e desejo que ela seja muito feliz. E eu vou continuar. Joguei as Olimpíadas pela primeira vez agora, quero jogar em 2016, no meu país. Parece que eu joguei agora e, se tivesse amanhã, eu já queria jogar de novo. Foi uma experiência incrível na minha vida. E eu quero jogar lá em Copacabana, no Rio de Janeiro, no meu país. Mas a grande história de Larissa e Juliana até o fim de 2012 vai ser uma coisa só. Passa a ser Larissa e a vida que ela projetar, e Juliana e o que ela fizer para seguir em frente. Foi como ela (Larissa) falou: não vai ser apagado o que a gente conquistou, mas a partir do fim do ano acabou, e 2013 é vida que segue.
Eram dois títulos em um?
Juliana: Não, era um título só. Nós já saíamos daqui preparadas para jogar contra elas.
Larissa: A gente tinha que estar 100% para jogar contra elas. A gente não podia estar com preguiça. Rolava um respeito muito grande nosso com elas e delas com a gente, e isso era muito legal. A gente esperava um confronto contra elas assim como elas esperavam um confronto contra a gente. Não era jogar contra Larissa e Juliana, era jogar (com ênfase) contra Larissa e Juliana. Não era jogar contra Walsh e May, era jogar (com ênfase) contra Walsh e May. No vôlei de praia, você tem que ter físico, técnica e psicológico. Se você tiver 40% de psicológico e 30% de técnica e físico, é bom. A maioria dos times tem os 30%, mas não tem o psicológico. E Walsh e May têm o psicológico muito forte. Às vezes você tem dois e não tem o terceiro. Então, o time que consegue manter esses três em equilíbrio consegue ser o melhor time. Eu e Juliana sempre tivemos muito físico e técnico, porque o nosso clima favorece. Aqui no Brasil a gente tem competição durante o ano inteiro e a gente treina muito. A nossa batalha era contra o psicológico. Então tinha que ficar concentrada o jogo inteiro.
Inclusive, foi em uma partida contra elas, em 2005, que vocês acabaram entrando no Guiness Book 2011, por uma partida que durou 1h40m. Aquela foi a partida mais difícil de vocês?
Juliana: Olha, eu posso falar uma coisa para você com muita tristeza. Não sendo injusta, mas eu acho que o vôlei merecia uma final olímpica com Juliana e Larissa contra Walsh e May. Porque a gente já fez muitas batalhas incríveis contra elas. Uma delas foi essa daí, do México, de 2005. Teve a Copa do Mundo, que a gente jogou em uma situação adversa, porque estávamos perdendo de 17 a 11 e a gente conseguiu virar o jogo para 21 a 17. E ainda começou o tie break vencendo de 3 a 0, ou seja, a gente fez 13 pontos diretos. A gente não fez 13 pontos seguidos em qualquer dupla, foi contra a Walsh e a May. Assim como também houve vitórias épicas delas contra a gente. Uma vez, a gente vencia por 16 a 12, daí elas viraram para 21 a 16, e a gente não viu mais a cor da bola. Por isso que eu acho que uma final entre a gente, para o esporte, ia ser muito bacana. Ganhasse quem fosse o melhor no momento. Hoje, são elas, com certeza, as melhores da história, pois são tricampeãs olímpicas e escreveram o nome delas para sempre na história do vôlei. Eu me arrisco a dizer que dificilmente alguém vai bater isso, porque são 12 anos. Em questão de longevidade teve o Roberto Lopes, a Shelda, a gente, com nove anos, depois o Ricardo e o Emanuel, e pelo que eu vejo do vôlei, hoje, essas longevidades não vão acontecer mais. Então, ser tricampeã olímpica pode acontecer, se for um cara com diferentes parceiros, mas para uma parceria como elas foram, eu acho meio complicado.
Larissa: E tinha que ter dado tudo certo. Por exemplo, a gente tinha que ter ganhado em 2004, 2008 e 2012. Então é um negócio muito complicado.
Juliana: Eu acho que em 2004 não tinha espaço para a gente. Começamos em um cenário que tinha Adriana Behar e Shelda, Ana Paula e Sandra, daí não tinha espaço para a gente.
Larissa: Eu digo que só se desse tudo certo (para ser tricampeãs olímpicas). Porque para fazer de novo o que elas fizeram é praticamente impossível. Ainda mais com o vôlei sendo cada vez mais competitivo. Para ter uma dupla e se manter no topo durante 12 anos, só se trocar todas as juntas delas, porque o corpo não aguenta.
Uma vez, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, um tenista (Márcio Petrone, que derrotou Roger Federer no Orange Bowl de 1996) afirmou que 'o esporte de rendimento não é o esporte saudável'. Vocês têm essa mesma ideia?
Juliana: Com certeza. Uma vez eu estava com dor nas costas, meu namorado olhou para mim e disse: 'Isso aí não pode ser saúde. Eu não estou sentindo nada. Você vive doente e vem dizer que esporte é saúde?'. Ele fala isso brincando, óbvio. Mas, na realidade, é porque tem muito impacto. E no esporte de rendimento você vai enganando a dor o tempo inteiro, mas, ao mesmo tempo, temos o diferencial, porque raramente a gente fica doente e os riscos de doenças cardiovasculares reduzem bastante. Então, tem o seu lado ruim, mas também tem o bom. Você vai fazer fisioterapia, no meu caso, que machuquei os dois joelhos, a minha evolução em relação às pessoas normais era inacreditável, porque o atleta é assim. O tempo de reação, de reabilitação, é melhor. Não existe nada na vida que não se pague um preço. Mas eu acho que o nosso preço é até justo. Como diz o (Pedro) Bial: 'Cuide dos seus joelhos porque um dia você vai precisar deles'. Ele não disse para os atletas cuidarem dos joelhos, ele disse para as pessoas cuidarem dos joelhos. Então, todo mundo um dia vai ter problemas no joelho.
Em 2010, vocês deram uma entrevista e disseram que “Juliana e Larissa” eram quase um nome só, referindo-se somente a uma única pessoa. E a partir de dezembro, como vai ficar?
Juliana: Ficou. Acho que já está bom, né? Foi como eu disse, a gente marcou o nosso nome na história, com muitas vitórias, muita superação, muita garra. Agora, cada uma segue o seu caminho e que sejamos muito felizes. Está bom demais, mas já foi. Até dezembro, será uma coisa só, mas, a partir de dezembro, cada uma será uma coisa.
A gente cresceu juntas, aprendeu juntas, viajou o mundo inteiro juntas. Eu não gostava muito de sair, aprendi a sair com ela (Juliana). Ela tirou a carteira de motorista e eu ensinei a dirigir"
Larissa
Larissa: Hoje, eu estava em uma imobiliária e me disseram: "Larissa, pelo amor de Deus, não faça isso, como você pode fazer isso?". Daí, eu falo que já faz 15 anos que eu jogo vôlei, muito tempo viajando, abdicando de muita coisa, e que agora eu queria ter outras metas para a vida pessoal, para a profissional. Daí falavam: "Mas não pode um negócio desse, como vai ficar a dupla de vocês que a gente vê na televisão?". Daí, eu digo que a gente já jogou durante muitos anos, que já escreveu a nossa história e a vida é isso. Eu vou seguir caminhos diferentes dela, ela vai estar com outra parceira e vai buscar também os objetivos dela. Eu acho que nada se apaga. A gente viveu aquilo tudo, foi maravilhoso. A gente podia viver mais quatro anos, mas um dia ia acabar. Eu acho que o mais importante é tudo o que ficou, todas as lembranças. Eu tenho certeza de que tanto eu quanto ela temos muito mais lembranças boas do que ruins. Quantas vezes a gente se superou, quantas vezes a gente passou por dificuldades. A gente cresceu juntas, aprendeu juntas, viajou o mundo inteiro juntas. Eu não gostava muito de sair, aprendi a sair com ela. Ela tirou a carteira de motorista e eu ensinei a dirigir, então são coisas que a gente aprendeu, e agora ela vai aprender outras coisas, eu também. Eu vou chegar em dezembro, na última bola, e vou sair feliz, satisfeita. Poxa, a gente acabou de fazer mil vitórias, a gente fez vinte finais seguidas, sabe o que são vinte finais seguidas? São dois anos nas finais, direto! A gente é heptacampeã mundial. Então, o que mais eu quero, gente, pelo amor de Deus? Como que eu vou olhar para trás e...
Juliana: Está bom, Larissa, ele já entendeu, não precisa explicar mais, não.
Larissa: Como eu vou olhar para trás e dizer, "Poxa vida, tiveram momentos ruins", não tem como. Porque as pessoas ficam, "Oh, separação!", "Oh, não sei o quê!". Não é isso. O meu sentimento não é esse.
Juliana: É muito engraçado isso, porque o que mais as pessoas me perguntam é: "Juliana, cadê a tua cara-metade?", daí eu respondo que está no Rio de Janeiro. Mas aí me perguntam: "Mas a Larissa não mora no Ceará?". Daí, eu respondo que eu achei que era o meu namorado, porque a Larissa não é minha cara-metade. As pessoas não entendem. A gente toma decisões na vida. Por exemplo, eu faço isso aqui porque eu amo. Eu treino duas horas e meia de manhã. Às vezes eu chego em casa revoltada comigo, porque eu treino duas horas e meia, e por quê? Porque eu amo isso aqui. Quando eu saio, eu quero mais, e a Larissa não é assim. A Larissa não ama isso daqui. Ela gosta para caramba. Ela tem um prazer, como ela disse. Ela conquistou muita coisa. Hoje, a Larissa é conhecida mundialmente por isso. Mas ela também precisa do momento dela, então respeitamos e desejo que ela seja muito feliz. E eu vou continuar. Joguei as Olimpíadas pela primeira vez agora, quero jogar em 2016, no meu país. Parece que eu joguei agora e, se tivesse amanhã, eu já queria jogar de novo. Foi uma experiência incrível na minha vida. E eu quero jogar lá em Copacabana, no Rio de Janeiro, no meu país. Mas a grande história de Larissa e Juliana até o fim de 2012 vai ser uma coisa só. Passa a ser Larissa e a vida que ela projetar, e Juliana e o que ela fizer para seguir em frente. Foi como ela (Larissa) falou: não vai ser apagado o que a gente conquistou, mas a partir do fim do ano acabou, e 2013 é vida que segue.
Bronze em Londres foi a frustração de Juliana. Larissa achou que foi de bom tamanho (Foto: Getty Images)
E foram nove anos de parceria, convivendo diariamente, passando a maior parte do tempo juntas. Esse excesso de convivência não desgastava a relação de vocês?
Larissa: Não. É natural, como em qualquer relacionamento, em qualquer profissão. É natural, mãe, pai, irmão, amigo... não tem nada de mais, nisso. Às vezes, a gente passa mais tempo juntas do que com a nossa família, então é natural ela brigar comigo, eu brigar com ela. E ainda tem mais uma coisa. Pelo fato de a gente ter o mesmo trabalho, a cobrança era muito grande. Tudo que ela fizer influencia no meu resultado final, e tudo que eu fizer influencia no dela. Por isso eu acho que aqui a maioria das duplas não dura tanto tempo, porque há um desgaste natural, com o tempo e as cobranças. E tem que ver que nem sempre eu vou estar com o mesmo rendimento dela. Eu acho que isso, inclusive, foi o que fez a gente ganhar tanto e manter a nossa parceria por tanto tempo, porque na maioria desses anos, eu acho que tivemos a mesma vontade, o mesmo pensamento, então isso desgasta. Rola uma briga por não concordar com alguma coisa. De tudo que a gente viveu, eu acho que o lado bom sempre vai superar. Às vezes, você vive uma vida toda e não faz o que a gente fez em nove anos.
Eu acho que chega um determinado ponto da nossa vida em que não é mais necessário mostrar que ganha mais ou menos"
Juliana
Juliana: Eu e Larissa, a gente, infelizmente - eu digo, infelizmente -, a gente poderia ter os mesmos resultados sem ser dessa forma. Mas a gente sempre passou uma imagem de que a Larissa brigava com a Juliana. A gente ganhava, mas a gente era um pouco antipatizada pelas pessoas e elas falavam: “Poxa, mas vocês não vão deixar de ganhar se a Larissa deixar de falar assim com você”. Mas foi dessa forma. Fomos campeãs dessa forma. Passou um tempo em que isso não adiantava mais. As pessoas passaram a cobrar dela, mas não adiantava mais. Além do convívio diário, existia uma pitada, aliás, uma pitada não, uma dose cavalar de pressão. Se você vive um relacionamento com o seu marido, com as suas amigas, é tudo muito bom, mas, quando te colocam sob pressão, exige um pouco mais. Por esses motivos, existiam muitos desgastes, muitas coisas, mas eu sempre brinco que a Larissa parece que é meio cara e coroa. Ela me ensinou coisas muito boas, mas ela também me ensinou coisas ruins também, que eu vou procurar não fazer. Daí podem dizer: “Ah, Juliana, você vai ganhar menos, vai perder mais”. Eu acho que chega um determinado ponto da nossa vida em que não é mais necessário mostrar que ganha mais ou menos. Eu lembro de uma vez em que a gente foi atrás de um patrocínio que eu queria muito. Ela (Larissa) também queria. A gente estava em uma viagem, daí o cara fechou o patrocínio com a gente. Logo em seguida, voltamos, daí outro cara ofereceu outro patrocínio dobrando o que a gente ganhava. Daí a Larissa, meio mexida, olhou para mim e disse: “E aí?”. Daí eu respondi que eu sempre quis ter esse patrocínio. Esse dinheiro aí a gente ganhava na bola. Na época, a gente nem ganhava muito, isso foi em 2005?
Eu não faria nada de diferente, não. Repetiria tudo novamente"
Larissa
Larissa: 2004.
Juliana: 2005, que a gente ganhou o (Circuito) Mundial pela primeira vez. Daí ela concordou e, realmente, a gente acabou ganhando muito mais (dinheiro). Acho que foi um dos anos em que a gente mais ganhou, inclusive. 2005 e 2006. E eu falei aquilo ali por um impulso, mas que é verdade. A gente não está aqui pelo dinheiro, a gente está aqui porque a gente gosta. O dinheiro, a fama, são consequências disso. Foi como eu falei. Ela me deu coisas boas e ruins, e eu vou levar para o resto da vida. Às vezes a gente acha que só tem coisa boa. Eu tenho meu lado ruim também, óbvio. Eu brinco que lidar com mulher é muito complicado. Eu sou mulher, ela é mulher, mas lidar com mulher é muito complicado. Larissa e eu temos a personalidade muito forte. Eu tive que me moldar, que me reinventar, as pessoas que me conheciam na infância e me veem jogando na quadra, dizem: “Essa daí não é a Juliana, não”. Mas essa Juliana é campeã também, da mesma forma como outra Juliana pode surgir agora e ser campeã de novo. Sempre, o meu objetivo foi ser campeã. A minha vontade é a mesma sempre.
Larissa: Era muito pesado, o clima de pressão que a gente vivia, por exemplo...
Juliana: Poxa, ela disse que começou a gostar de sair por minha causa, sacanagem. (risos)
Larissa: Eu falei isso aí no sentido de me divertir mais, de me soltar mais, porque era só vôlei, vôlei, concentrada, pressão, e ela (Juliana) sempre foi mais extrovertida. Eu sempre pensei no jeito que eu entrava em quadra, no jeito que eu agia com ela, porque eu me dedicava tanto que eu não aceitava o erro, na hora do jogo. Aí depois eu fui aprendendo a ficar mais relaxada e tal, daí já melhorou muito.
Larissa, você está encerrando a carreira ou é somente para dar um tempo?
Larissa: Eu estou dando uma parada, dando uma esfriada, cuidar um pouco do meu corpo para dedicar um pouco à minha família. Eu quero viver um pouco as emoções, as sensações. Quero ter a sensação de não fazer nada, quero ter a sensação de ser empresária, de ter filhos, vamos ver, né?
E foram nove anos de parceria, convivendo diariamente, passando a maior parte do tempo juntas. Esse excesso de convivência não desgastava a relação de vocês?
Larissa: Não. É natural, como em qualquer relacionamento, em qualquer profissão. É natural, mãe, pai, irmão, amigo... não tem nada de mais, nisso. Às vezes, a gente passa mais tempo juntas do que com a nossa família, então é natural ela brigar comigo, eu brigar com ela. E ainda tem mais uma coisa. Pelo fato de a gente ter o mesmo trabalho, a cobrança era muito grande. Tudo que ela fizer influencia no meu resultado final, e tudo que eu fizer influencia no dela. Por isso eu acho que aqui a maioria das duplas não dura tanto tempo, porque há um desgaste natural, com o tempo e as cobranças. E tem que ver que nem sempre eu vou estar com o mesmo rendimento dela. Eu acho que isso, inclusive, foi o que fez a gente ganhar tanto e manter a nossa parceria por tanto tempo, porque na maioria desses anos, eu acho que tivemos a mesma vontade, o mesmo pensamento, então isso desgasta. Rola uma briga por não concordar com alguma coisa. De tudo que a gente viveu, eu acho que o lado bom sempre vai superar. Às vezes, você vive uma vida toda e não faz o que a gente fez em nove anos.
Eu acho que chega um determinado ponto da nossa vida em que não é mais necessário mostrar que ganha mais ou menos"
Juliana
Juliana: Eu e Larissa, a gente, infelizmente - eu digo, infelizmente -, a gente poderia ter os mesmos resultados sem ser dessa forma. Mas a gente sempre passou uma imagem de que a Larissa brigava com a Juliana. A gente ganhava, mas a gente era um pouco antipatizada pelas pessoas e elas falavam: “Poxa, mas vocês não vão deixar de ganhar se a Larissa deixar de falar assim com você”. Mas foi dessa forma. Fomos campeãs dessa forma. Passou um tempo em que isso não adiantava mais. As pessoas passaram a cobrar dela, mas não adiantava mais. Além do convívio diário, existia uma pitada, aliás, uma pitada não, uma dose cavalar de pressão. Se você vive um relacionamento com o seu marido, com as suas amigas, é tudo muito bom, mas, quando te colocam sob pressão, exige um pouco mais. Por esses motivos, existiam muitos desgastes, muitas coisas, mas eu sempre brinco que a Larissa parece que é meio cara e coroa. Ela me ensinou coisas muito boas, mas ela também me ensinou coisas ruins também, que eu vou procurar não fazer. Daí podem dizer: “Ah, Juliana, você vai ganhar menos, vai perder mais”. Eu acho que chega um determinado ponto da nossa vida em que não é mais necessário mostrar que ganha mais ou menos. Eu lembro de uma vez em que a gente foi atrás de um patrocínio que eu queria muito. Ela (Larissa) também queria. A gente estava em uma viagem, daí o cara fechou o patrocínio com a gente. Logo em seguida, voltamos, daí outro cara ofereceu outro patrocínio dobrando o que a gente ganhava. Daí a Larissa, meio mexida, olhou para mim e disse: “E aí?”. Daí eu respondi que eu sempre quis ter esse patrocínio. Esse dinheiro aí a gente ganhava na bola. Na época, a gente nem ganhava muito, isso foi em 2005?
Eu não faria nada de diferente, não. Repetiria tudo novamente"
Larissa
Larissa: 2004.
Juliana: 2005, que a gente ganhou o (Circuito) Mundial pela primeira vez. Daí ela concordou e, realmente, a gente acabou ganhando muito mais (dinheiro). Acho que foi um dos anos em que a gente mais ganhou, inclusive. 2005 e 2006. E eu falei aquilo ali por um impulso, mas que é verdade. A gente não está aqui pelo dinheiro, a gente está aqui porque a gente gosta. O dinheiro, a fama, são consequências disso. Foi como eu falei. Ela me deu coisas boas e ruins, e eu vou levar para o resto da vida. Às vezes a gente acha que só tem coisa boa. Eu tenho meu lado ruim também, óbvio. Eu brinco que lidar com mulher é muito complicado. Eu sou mulher, ela é mulher, mas lidar com mulher é muito complicado. Larissa e eu temos a personalidade muito forte. Eu tive que me moldar, que me reinventar, as pessoas que me conheciam na infância e me veem jogando na quadra, dizem: “Essa daí não é a Juliana, não”. Mas essa Juliana é campeã também, da mesma forma como outra Juliana pode surgir agora e ser campeã de novo. Sempre, o meu objetivo foi ser campeã. A minha vontade é a mesma sempre.
Larissa: Era muito pesado, o clima de pressão que a gente vivia, por exemplo...
Juliana: Poxa, ela disse que começou a gostar de sair por minha causa, sacanagem. (risos)
Larissa: Eu falei isso aí no sentido de me divertir mais, de me soltar mais, porque era só vôlei, vôlei, concentrada, pressão, e ela (Juliana) sempre foi mais extrovertida. Eu sempre pensei no jeito que eu entrava em quadra, no jeito que eu agia com ela, porque eu me dedicava tanto que eu não aceitava o erro, na hora do jogo. Aí depois eu fui aprendendo a ficar mais relaxada e tal, daí já melhorou muito.
Larissa, você está encerrando a carreira ou é somente para dar um tempo?
Larissa: Eu estou dando uma parada, dando uma esfriada, cuidar um pouco do meu corpo para dedicar um pouco à minha família. Eu quero viver um pouco as emoções, as sensações. Quero ter a sensação de não fazer nada, quero ter a sensação de ser empresária, de ter filhos, vamos ver, né?
Larissa deixa o esporte para cuidar dos negócios e
ser mãe (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Então existe a possibilidade de volta?
Larissa: Claro, é uma possibilidade, sim. Pode ser que sim, pode ser que não. Eu não sei se eu vou sentir falta, se eu não vou. Vamos ver em janeiro, quando todo mundo voltar e eu não voltar.
Vocês duas não são do Ceará. Uma é de São Paulo, e a outra de Santa Catarina...
Juliana: Não, moço, eu sou daqui do Ceará, não vem dizer que eu não sou daqui. (risos)
Como vocês recebem o carinho todo daqui do Ceará?
Juliana: É incrível, é incrível. Eu não nasci aqui, mas eu sou federada pelo Ceará. Então, todo mundo já associa o meu nome. É a Juliana do Ceará. As pessoas já adotaram a gente. Quando eu chego no supermercado, as pessoas perguntam: “Ah, você mora aqui? E a Larissa?”. Acho que fazem a mesma pergunta para as duas. Eu amo Fortaleza e acho que foi uma coisa muito bacana para a gente. Eu apresentei Fortaleza para Larissa, e Larissa me apresentou Fortaleza também. Pergunta para ela se ela quer sair daqui?
Larissa: Deus me livre!
ser mãe (Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Então existe a possibilidade de volta?
Larissa: Claro, é uma possibilidade, sim. Pode ser que sim, pode ser que não. Eu não sei se eu vou sentir falta, se eu não vou. Vamos ver em janeiro, quando todo mundo voltar e eu não voltar.
Vocês duas não são do Ceará. Uma é de São Paulo, e a outra de Santa Catarina...
Juliana: Não, moço, eu sou daqui do Ceará, não vem dizer que eu não sou daqui. (risos)
Como vocês recebem o carinho todo daqui do Ceará?
Juliana: É incrível, é incrível. Eu não nasci aqui, mas eu sou federada pelo Ceará. Então, todo mundo já associa o meu nome. É a Juliana do Ceará. As pessoas já adotaram a gente. Quando eu chego no supermercado, as pessoas perguntam: “Ah, você mora aqui? E a Larissa?”. Acho que fazem a mesma pergunta para as duas. Eu amo Fortaleza e acho que foi uma coisa muito bacana para a gente. Eu apresentei Fortaleza para Larissa, e Larissa me apresentou Fortaleza também. Pergunta para ela se ela quer sair daqui?
Larissa: Deus me livre!
Juliana: deixar Fortaleza de jeito nenhum
(Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Juliana: Eu também não penso (em sair de Fortaleza). Aqui é uma cidade pela qual eu me apaixonei. Eu não tenho ninguém da minha família que mora comigo aqui. A Larissa ainda tem o sobrinho, a irmã dela. Não sei em que outra cidade eu teria feito isso. Aqui as pessoas são muito acolhedoras, são irmãos. Eu tenho amigos de verdade aqui em Fortaleza. Muitos jogadores que, na época, quando chegamos aqui, estavam na mesma situação que a gente, não tinham ninguém da família e acabaram vindo para cá. Então a gente virou amigos para sempre. E ainda tem o carinho das pessoas. Ano passado, que a gente não jogou aqui, foi muito engraçado. Não ficou cheia (a arena). Por quê? Porque Larissa e Juliana não estavam jogando. Quando colocam eu e Larissa para jogar, meu amigo... é outra coisa! Eu posso estar do jeito que estiver, com a perna doendo, com a cabeça estourando, mas, quando eu entro na quadra, falam "Juliana do Ceará", aquele povo vai ao delírio... mesmo que eu não queira, dou um jeito para conseguir ganhar. E é a única oportunidade que as pessoas têm de ver a gente jogando.
Para finalizar. Se vocês tivessem a oportunidade de olhar tudo desde o começo, teria alguma coisa que vocês não fizeram que gostariam de fazer?
Larissa: Não, não me arrependo de nada. Faria tudo igualzinho, desde o começo. O preço que a gente pagou foi alto...
Juliana: Eu não acho que a gente pagou um preço alto, não. Eu faria mais um pouco, sim.
Larissa: Eu não faria nada de diferente, não. Repetiria tudo novamente.
texto retirado do site: http://globoesporte.globo.com/ce/noticia/2012/11/perto-da-separacao-juliana-e-larissa-expoem-divergencias-vida-segue.html
(Foto: Roberto Leite/Globoesporte.com)
Juliana: Eu também não penso (em sair de Fortaleza). Aqui é uma cidade pela qual eu me apaixonei. Eu não tenho ninguém da minha família que mora comigo aqui. A Larissa ainda tem o sobrinho, a irmã dela. Não sei em que outra cidade eu teria feito isso. Aqui as pessoas são muito acolhedoras, são irmãos. Eu tenho amigos de verdade aqui em Fortaleza. Muitos jogadores que, na época, quando chegamos aqui, estavam na mesma situação que a gente, não tinham ninguém da família e acabaram vindo para cá. Então a gente virou amigos para sempre. E ainda tem o carinho das pessoas. Ano passado, que a gente não jogou aqui, foi muito engraçado. Não ficou cheia (a arena). Por quê? Porque Larissa e Juliana não estavam jogando. Quando colocam eu e Larissa para jogar, meu amigo... é outra coisa! Eu posso estar do jeito que estiver, com a perna doendo, com a cabeça estourando, mas, quando eu entro na quadra, falam "Juliana do Ceará", aquele povo vai ao delírio... mesmo que eu não queira, dou um jeito para conseguir ganhar. E é a única oportunidade que as pessoas têm de ver a gente jogando.
Para finalizar. Se vocês tivessem a oportunidade de olhar tudo desde o começo, teria alguma coisa que vocês não fizeram que gostariam de fazer?
Larissa: Não, não me arrependo de nada. Faria tudo igualzinho, desde o começo. O preço que a gente pagou foi alto...
Juliana: Eu não acho que a gente pagou um preço alto, não. Eu faria mais um pouco, sim.
Larissa: Eu não faria nada de diferente, não. Repetiria tudo novamente.
texto retirado do site: http://globoesporte.globo.com/ce/noticia/2012/11/perto-da-separacao-juliana-e-larissa-expoem-divergencias-vida-segue.html
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Sarah Menezes e medalhistas do vôlei vão abrir Jogos do Sesi em Teresina
A coordenação dos Jogos Regionais do Serviço Social da Indústria - Sesi - anunciou a vinda a Teresina dos jogadores de vôlei Dani Lins e Sidão, atletas de seleção brasileira e que conquistaram medalhas de ouro e prata nas Olimpíadas de Londres, respectivamente. Além deles, a piauiense Sarah Menezes, campeão olímpica no judô, também foi confirmada na cerimônia de abertura do evento, que acontecerá no dia 15 de novembro, às 19h30, no Atlantic City Club.
FIVB

Sidão foi prata em Londres com a seleção de vôlei
"Teremos três medalhas olímpicas na cerimônia de abertura", confirma ao Cidadeverde.com Paulo Fábio, coordenador geral dos Jogos Regionais do Sesi. Além da abertura, Dani Lins e Sidão, que são namorados, irão visitar locais de competição dos jogos no dia 16, quando as disputas começam. Os torneios terminam no dia 18, domingo, com premiação no hotel Rio Poty.
FIVB

Dani Lins
Pernambucana de Recife, Dani Lins, 27 anos, joga no time do Sesi de São Paulo na Superliga de vôlei, torneio no qual já foi eleita a melhor levantadora. O meio-de-rede Sidão, 30, paulista de Taubaté, defende o mesmo clube, campeão da Superliga em 2011.

Sarah Menezes
Jogos do Sesi
Teresina vai sediar a fase regional Nordeste 1 dos Jogos do Sesi, que envolverá cerca de 600 atletas trabalhadores no Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. Só a delegação piauiense terá 145 competidores de 12 indústrias.
As disputas acontecem em diversos pontos de Teresina nas modalidades atletismo, natação, futsal, futebol, tênis, tênis de mesa, xadrez, futebol 7 master, vôlei e vôlei de praia.
Destaque para os times da Piauí Milhos, no futsal feminino, Houston Bike, no futsal masculino, e Coave, no vôlei masculino, todos favoritos ao título. Só os campeões dos esportes coletivos na fase regional avançam para a etapa nacional, marcada para agosto de 2013 no Rio de Janeiro. Nas modalidades individuais, até dois podem se classificar por prova.
texto retirado do site: http://www.cidadeverde.com/sarah-menezes-e-medalhistas-do-volei-vao-abrir-jogos-do-sesi-em-teresina-117621
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